Chega então a temida altura do
ano em que independentemente da inspiração estar ou não presente, há que fazer
o balanço do que se passou durante um ano inteiro. Com a memória que eu tenho,
um balanço nunca será completo, claro, mas este é mais um ano em que vou tentar
o meu melhor como tenho feito nos últimos três.
2011 foi um ano de decisões. E
isso resume tudo! Acabou uma etapa e iniciou-se outra, com muitas (in)decisões pelo
meio, claro!. Todos defendemos o direito a decidir, detestamos quando isso se
nos é tirado, mas depois quando apenas nós mesmos podemos tomar uma decisão que
afetará as nossas vidas, sentimos a necessidade de conselhos ou que outro
alguém tome a decisão por nós…é muita responsabilidade. Mas as decisões foram
tomadas e se foram as melhores ou não, ainda está a ser auferido. Mas agora não
se pode voltar atrás.
Sendo um ano de decisões, foi
também um ano de mudanças. Infelizmente ainda não sei dizer se as mudanças
foram para melhor ou para pior, depende sempre do ponto de vista ou dos aspetos
a que me possa referir. Mas houve mudanças radicais nos mundos em que circulo:
círculo de amizades incluído. Eu não mudei assim tanto, talvez apenas tenha
começado a (sobre)viver mais e melhor: a relativizar mais, a deixar de parte
aquilo que me faz confusão ou que me faz sofrer ou duvidar de mim mesma, dei
alguns passos em frente. Tornei-me mais independente, aceito a “solidão” com
maior abertura.
Foi um ano de vitórias e derrotas
para a iPUM: primeira digressão por terras europeias, primeira vez na Latada e
no 1º de dezembro…começamos a ser reconhecidos indoors. Derrotas porque muita
coisa mudou em um ano, muitas saídas e entradas, a habitual renovação que acaba
por deixar sempre as suas marcas.
Em termos profissionais posso
afirmar que gosto de ensinar (o meu sonho de criança de ser professora de
inglês afinal tinha algum fundamento) mas sinto uma vontade tremenda, aliás uma
necessidade, de traduzir. Talvez por isso me tenha associado ao Projeto Revisoras Traduções. O mesmo é dizer que ando a ler mesmo muito e ando cada vez
mais viciada em finais felizes (mesmo que demore a chegar lá como nas minhas
novelas mexicanas ou estadounidenses).
Em suma, nada de grandes mudanças
nem de grandes avanços, apenas uma evolução gradual e normal em direção à “realização”.
(De referir apenas que continuo a não apoiar o Novo Acordo Ortográfico, mas
rendi-me às evidências e comecei a usá-lo).
Que tenham um bom ano de 2012,
espero que vos traga todas as respostas que procuraram durante este ano que se finda
e obviamente que 2012 seja bem melhor que 2011! Até para o ano.