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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Balanço'14

Está na altura de fazer o balanço do ano que hoje termina. Sendo eu uma pessoa relativamente organizada (segundo os meus parâmetros) será de esperar que, à semelhança de anos anteriores, este meu blog servisse como diário de bordo e fosse um guia para os melhores momentos do ano. Mas, alas, já nada é o que era; agora sigo a minha agenda e mesmo assim poucos detalhes contém.  Sim, acabo o ano desiludida comigo xD
Bem, particularmente este final de ano foi repleto de novidades! Durante o ano tive aulas de código e de condução e fiz os respetivos exames, conclusão: mais um perigo na estrada (ou não, para tal precisaria de me arriscar e pegar efetivamente o carro lá de casa)! Outro ponto alto e de referência este ano e nos anos por chegar é o nascimento de mais uma sobrinha, a Matilde veio fazer companhia à Carolina como as princesas da família!
Em termos culturais, fui ver Silence 4 ao vivo, algo que já tinha perdido as esperanças de se concretizar algum dia...e foi lindo! Concertos do David Fonseca como habitual não podiam faltar.Quanto à minha mais que tudo iPUM foi um ano de algumas (in)decisões e que acaba sem termos casa! Foi um ano de reuniões e discussões e deceções e de “Tanto fiz que agora tanto faz” (se calhar não totalmente, mas para lá caminho). Fui ao Santoinho pela primeira vez! Até gostei do espírito e do espaço mas o vinho bleh!
Mais uma vez, anos depois, entrei num mestrado (em primeiro lugar, hihi) mas acabei por não me matricular por uma miríade de razões que espero remediar no futuro. Em termos laborais, nada de novo, infelizmente. Continuo apegadíssima ao meu pc, aos meus ebooks e, infelizmente, sem grande vontade/inspiração para deitar as mãos à obra e cumprir desejos antigos...
Como já disse anteriormente foi um ano de algumas desilusões e de evoluções (tentativas de, pelo menos). Cada ano se redescobrem amizades e se esfriam outras, se decide deixar o passado para trás e focar no presente e futuro imediatos Com ou sem sucesso? Cabe aos restante anos que ainda não passaram decidir.
Votos para 2015, mais vale não os haver sendo eu uma procrastinadora clássica. O que se espera sempre é que seja melhor que o anterior!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Not in that way - Sam Smith


And I hate to say I love you
When it's so hard for me.
And I hate to say I want you
When you make it so clear
You don't want me.

I'd never ask you, cause deep down
I'm certain I know what you'd say.
You'd say: I'm sorry, believe me,
I love you but not in that way.

And I hate to say I need you.
I'm so reliant,
I'm so dependant,
I'm such a fool.

When you're not there
I find myself singing the blues.
Can't bear,
Can't face the truth.

You will never know that feeling,
You will never see through these eyes.

I'd never ask you Cause deep down 
I'm certain I know what you'd say.
You'd say: I'm sorry, believe me,
I love you But not in that way.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Vazio e Cinzento

Está tudo mais vazio e cinzento desde que te foste. Tudo aquilo que eras, o bom e o mau já não existe; ou melhor, existe mas apenas como uma memória que não pode ser revivida.
Nós valemos por aquilo que fomos mas também por aquilo que podemos vir a ser. Tu já não serás nada. E dói saber que ambos acreditamos nisso: que nunca mais nada voltará a ser. Tu nunca mais serás tu e eu nunca mais te terei suficientemente perto para ser eu outra vez. A vontade de pedir ao tempo para voltar atrás é imensa mas, sejamos realistas, que teríamos feito de diferente? Qual foi afinal o momento passado que ditou o que aconteceu, que criou este presente vazio e cinzento? Sinto a tua falta em certos dias mais solitários e abandonados. Tu eras o meu ombro, conhecias os monstros debaixo da minha cama, eras a opinião sempre imparcial e por vezes fria, aquele que sem saber melhor me conhecia e previa. Quando recordo momentos em que realmente fui eu própria, tu és o denominador comum.
Tarde demais para intelectualizar e tentar arranjar um motivo por as coisas terem sido assim. Será que não estava nas minhas mãos, será que podia ter feito mais, ter tentado mais uma vez, ter fechado os olhos e seguido em frente? Será que é tarde demais e ninguém mais será capaz de preencher o que deixaste? Pode ser que um dia, num outro plano, nos voltemos a encontrar e tudo já tenha ficado para trás, a tábua esteja rasa de novo e sejamos nós outra vez. Entretanto, onde quer que estejas e onde quer que a vida te leve, estarei sempre a torcer por ti.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

¿Qué nos está pasando? - Manuel Carrasco


¿Cómo te cuento el silencio que me atrapa cuando hablas, 
silencio que me asesina dejándome sin palabras?
¿Cómo te digo que pienso sino adelantamos nada? 
Tu no escuchas lo que siento y yo tiro la toalla. 

Cuando ya bajo los brazos porque no arreglamos nada, 
tu sigues en el combate mientras suena la campana. 
Saco mi bandera blanca tan gastada de derrota,
rendirme no es que yo quiera pero a veces se me antoja. 

Ay amor, ¿qué nos esta pasando? 
Que sin vivir 
antes todo era blanco y ahora gris.
Se encienden las alarmas y el temor, 
qué pena, amor, caemos en la trampa otra vez. 
¿Porque no lo arreglamos de una vez?
si no le hacemos daño al corazon, 
si no podemos vivir el uno sin el otro.

De pronto dices que quieres que te deje y no me hablas 
más miedo me da el silencio si me grita tu mirada 
y tantas vueltas que doy para resolver la historia 
intentado convencerte y me falla la memoria. 

Y qué bonito que en sueños a veces nos reconciliamos 
luego siempre me despierto y no recoges mi abrazo 
y te espero en mi guarida mientras suena un triste tango 
con sabor a despedida y cansado de fracaso.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Balanço - 2013

Que dizer do ano que agora termina? Sendo que o número 13 tanto pode ser sinónimo de sorte como de azar, o meu ano de 2013 resume-se numa palavra: agridoce.
Não se registaram grandes mudanças, houve tentativas de. Cada vez mais me convenci que sou uma procrastinadora nata e que não gosto de burocracias nem conversas da treta; aprendi que sou muito mais direta e teimosa do que julgava ser e tenho talvez menos paciência do que devia (chama-se a isso crescer?). Arrependimentos, esses existem sempre e nada há a fazer a esse respeito, ou talvez haja: aprender com os erros e/ou começar a arriscar mais.
Amizades vêm e vão, amigos aproximam-se e outros afastam-se e este ano foi caracterizado por isso; a mudança daqueles que mais queremos acaba sempre por nos afetar e nem sempre da melhor maneira, temos de aprender a lidar com ilusões e deceções e aprender a dar a importância àquilo que realmente a merece.
Em termos de novidades: sou tia, a Carolina nasceu este ano! Finalmente e a pedido de muitas famílias inscrevi-me numa escola de condução (a ver se em 2014 já tenho a carta). A iPUM fez 5 anos de vida e eu 4 anos de iPUM (mas agora sou vice, what’s next?! xD). Vi Jamie Cullum pela primeira vez ao vivo, depois de anos e anos de espera. Um concerto inesquecível,que cada vez mais solidificou a ideia de que aquele hmem é um génio musical, um trintão em corpo de um jovem de 18 aninhos mais coisa menos coisa. E, claro, do David vi mais de 3 como já é habitual! Os meus Blue lads voltaram com disco novo mas Portugal ainda não está no mapa deles! Comecei a colaborar com uma revista online – a Rtro Magazine – com artigos literários de opinião e, só por esse facto, já se percebe que o meu hobby preferido, por meio de séries, filmes e novelas, é mesmo ler! O meu Sporting, como a Seleção, teve al uma altura em que me deixou bastante assustada, mas há sempre uma volta a dar a tudo…o importante é sofrer até lá!=P Continuo também a gostar de ensinar, deve ser das profissões mais desafiantes que existem, com os seus altos e baixos, momentos de dúvida e de reconhecimento alternados.
Quanto a 2014, não me lembro de em nenhum dos anos que já passaram ter alguma vez feito alguma espécie de lista de promessas e não vou começar agora. Sei que tudo aquilo que comecei a “construir” em 2013 tem de ser solidificado e ganhar os devidos frutos no próximo ano e isso chega-me (infelizmente não sou uma pessoa de me impor metas ou ter objetivos muito definidos). O livro "prometido" o ano passado há-de chegar...um dia!

Resta-me desejar um feliz 2014 a todos os que ainda resistem e passam por esta minha casa (comprometo-me a atualizá-la mais vezes e a criar um novo onde possa dar azo aos meus mais trabalhados interesses).

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Primeiro passo

Sinto falta de ti, do teu amanhecer saudável no seio da minha mente impreterivelmente todas as manhãs durante todos os dias do ano. Bem me diziam que não era amor, era algo maior. Algo que superava todos os sentimentos terrenos e falíveis, algo que ultrapassava todos os limites de tempo ou espaço e apenas existia.
Sinto a tua falta, como nunca pensei vir a sentir, nunca esperei que nos falhássemos, que alguma vez nos encontraríamos em sentidos opostos, em direções distintas sem nos cruzarmos. Mas a estrada ainda é longa, espero, e ainda posso ansiar encontrar-te numa qualquer esquina da vida, mesmo que por agora sejas apenas um desejo projetado numa folha de papel. Há de chegar o dia em que esta minha procura ansiosa por algo mais me leve a ti e desta vez no vou deixar que me escapes por entre os dedos ou que me deixes para trás. Não, vou antes estar sempre um passo mais à frente na esperança de que nenhuma palavra ou ação impensada me afaste de ti.
Vou lutar e começar já a construir o caminho qu me leve até à descoberta daquele algo mais que sei merecer.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Hoje

Hoje percebi finalmente várias coisas que até então não faziam sentido na minha cabeça.
Percebi finalmente por que algumas discussões que tive e alguns pontos de vista que defendi não eram os únicos a serem os corretos. Percebi finalmente certas opiniões e ditames que nunca pensei vir a entender. Percebi por que me senti na pele de um estranho e pude finalmente pensar para além daquilo que e daquilo em que acredito...forcei mais um bocadinho os limites da minha mente, deixei de ser tão eu por completo e vi as coisas por outro ângulo. 
Percebo agora algumas pessoas que ferozmente defendiam o que acreditavam; percebi no fundo, que sentir as coisas ao limite, que viver as coisas em demasia, dá outra perspectiva; senti que o peso de tudo aquilo por que somos mais ou menos responsáveis acarreta... leva-nos a conclusões qa que nunca pensaríamos chegar. Não estou feliz por hoje ter (re)descoberto isso, por hoje ter uma diferente opinião da que tinha ontem; aliás, continuo a achar que a minha opinião vespertina é a mais correta e o que hoje sei mais não é que o fruto de exagerado apego emocional momentâneo (espero!) que me levou a não ser tão eu pelo menos por Hoje. 
Por isso desculpem-me todos aqueles que não percebem o meu eu de Hoje e mais ainda aqueles que nunca perceberam o meu eu de Ontem, o verdadeiro. Mas Hoje não estou em nenhum tribunal fictício, hoje dei-me permissão a mim mesma para ser o melhor ou o pior que posso ser, para pensar "fora da caixa", sem reservas de qualquer tipo. Apesar de não parecer neste exato momento, acredito que Hoje cresci mais um bocadinho.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Tempestade

Pensei que já estava tudo ultrapassado, que as nuvens que nos seguiam constantemente desde longe já tinham chovido tudo o que tinham para chover, que  as árvores não davam mais frutos sedentos de desgraça. Equivoquei-me, Mea Culpa. Afinal, a tempestade só tinha amainado, as nuvens estavam a encontrar-se secretamente prontas a dar um golpe assim que as circunstâncias o permitissem. E assim foi. E agora? Agora resta esperar que depois da tempestade venha a bonança, mesmo depois de tudo aquilo que se perdeu.
Será que vamos sobreviver como se nada fosse ou já nada mais será o mesmo como se o feitiço se tivesse quebrado? Vemo-nos obrigados a reviver o passado, a pensar nas lições que já deviamos ter aprendido e os erros que já podiamos ter corrigido; mas o homem é um ser falível; precisa de decepção e do sofrimento para se sentir vivo e sobreviver. E depois há homens que preferem viver como uma ilha.

domingo, 23 de junho de 2013

Arrependimento IV

Sinto que outrora ocupaste um vazio que continua à espera de ser preenchido. Sinto que te escapaste com algo que me pertence, algo que me ajudaste a construir mas que pareces ter reclamado como teu. Sinto que parte de mim se tem vindo a perder com a distância e que já não volta sem que regresses tu também.
Encontrar o culpado já não é algo que me interesse; já me cansei de procurar razões e investigar as variáveis; agora já só me interessam as respostas. Depois de tantas mudanças, avanços e recuos, essas respostas que procuro já não são tão óbvias, simples e já não estão tão seguras do próprio sucesso: já não dependem delas mesmas.

Ainda não sei como seguir em frente, continuo a viver e a percorrer o caminho que me ditaste seguir, mesmo sem saberes. Continuo sem perceber o que hoje é verdade e o que é potencial, o que se pode vir a tornar real, sem ter presente as distâncias ou perdas de identidade que vão ficando pelo caminho.
Mas quando perceber, quando conseguir ultrapassar todos os limites que me reconhecias e, assim, obter as direções que me faltam para voltar a ti, vais saber.

Serás o primeiro a saber.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Arrependimento III

Usei demasiado a razão, segui demasiado os ditames da minha mente e ignorei todos os clichés, todos os caminhos mais óbvios a seguir. E, por momentos, quase não me reconheci; transformei-me numa pessoa volátil e desesperada por um pouco de luz para florescer, tornei-me dependente dos fatores do meio onde me inseria. E, então, deixei que partisses.
Deixei-te ir demasiado cedo, permiti que te afastasses e partisses buscando novos horizontes. Deixei-te ir antes de finalizar o meu projeto, antes de atingir os meus objetivos.
E agora arrependo-me. Arrependo-me de não ter sido mais forte, de não ter tido a certeza de que precisava para finalmente avançar e te obrigar a ouvir-me. Arrependo-me de não ter sabido olhar mais além, pensar a longo prazo; de não ter planeado melhor os passos que dei, de não te ter conseguido manter aqui, perto.
Agora, vejo-te à distância e sinto-me perdida.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Arrependimento II


Não devia ter confiado em quem confiei, e deixado em mãos alheias decisões que me cabiam a mim tomar. Fui débil e dependente e deixei-me influenciar. Não soube confiar na nova capacidade de reflexão que me trouxeste, na confiança que me tinhas, para poder perceber o que realmente se passava.

Não devia ter deixado o tempo passar e arrastar com ele as palavras que ficaram por dizer e os gestos que existiam apenas numa realidade alternativa. Esse tempo que te afastou cada vez mais de mim e da vida que nos fez mais próximos num momento em que nem sabia que te esperava.

Não devia ter confundido quem eu era com aquilo em que por tempos me transformei. Devia ter cortado com o passado e com as lições que dele aprendi e começar do zero, não te ver como um exemplo do que sempre imaginei que serias quando finalmente chegasses, mas apenas como alguém que chegava para ficar.
Devia ter tido prioridades: devia ter sido eu o centro da discussão, o ponto fulcral de todas as decisões, o cerne de todas as questões, o critério de desempate, a pessoa que fizesse a diferença.

Mas não foi assim. 

sábado, 23 de março de 2013

Arrependimento I

Devia ter aproveitado quando te tinha mais perto.
Quando tudo estava mais claro e propício à descoberta de novos sentimentos e novas direções a seguir. Quando éramos mais do que somos hoje e tudo era potencial. Devia ter-me aproximado mais do teu outro lado, aquele que deixas controlado e escondes à primeira vista, e ter aprendido a desistir a tempo. Devia ter aprendido a saber quando me afastar, quando te deixar seguir o teu próprio caminho e esperar o teu regresso.
Devia, então, ter-te entendido melhor e não medir e pesar tudo o que ficou por dizer. Devia ter esperado pelo momento certo para atacar, para te fazer ver que para além do hoje, há muito amanhã.
Quando eu era apenas uma pessoa em construção que, dia após dia, ajudaste a tomar corpo. Quando ajudaste a derrubar muros de pedra que impediam a visão de uma bela paisagem, de um horizonte que se estendia para além do imediato. Quando ajudaste a colocar um telhado sobre os escombros e as ruínas do que ficou para trás, para que a fúria dos elementos sobre mim não tivesse de ser sempre inevitável.
Devia ter conseguido separar o que queria, o que sonhara, daquilo que precisava; separar o irreal e fantástico do real e presente. Devia ter-te encarado como alguém falível e não colocar-te num pedestal sem mereceres, como alguém superior e infalível aos meus olhos. Devia ter percebido desde o primeiro momento que, como tantas outras vezes, o que me davas não era sempre sinónimo do que realmente podia exigir de ti.
Devia ter acreditado mais em mim.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Estudo sobre o desânimo

Será que o desânimo é contagiante? Será que não tem cura? Será ele um sentimento ou um estado de espírito? Algo que se tem ou que se está? Algo que aparece de mansinho sem se estar à espera, sem nos apercebermos e que, de repente, se manifesta na mais mínima das situações?
Será que tem sequer uma razão de ser, uma causa passível de ser estudada e uma maneira de descobrir a sua prevenção em detrimento do seu tratamento? Será que haverá sempre uma próxima e só nos resta esperar?
E quais são os seus sintomas? Confundir-se-ão com os da tristeza ou da deceção? Será que se aplica a diversas vertentes da vida ou se restringe a apenas um evento em concreto, aquele exato acontecimento que a provoca?
E como será que se cura? Será que é só esperar que passe ou convém fazer algo para alterar o estado das coisas? Pode ser que desapareça não por nossa vontade mas por vontade e influência de outrém?

As perguntas são mais e maiores do que as respostas que não surgem. Veremos como este desânimo presente se desenrola, evolui, para melhor se definir a sua caraterização e retirar as melhores das conclusões e, sobretudo, encontrar respostas para algumas das questões anteriormente dispostas.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Balanço - 2012



Mais um ano finda e outro principia.
é sempre meu costume fazer um balanço do ano que termina nos últimos dias de tal ano, mas revela-se sempre algo difícil uma vez que o que fica na memória são os últimos acontecimentos ou aqueles mais marcantes (que de ano para ano são cada vez menos). Mas mais uma vez vou tentar relembrar tudo o que de mais relevante se passou.

O início e o fim do ano do ano trouxe alguns choques de realidade, de humanidade, que preferia ter evitado; no início mais em atos e no fim mais em palavras, mas fica ponto assente que o nosso instinto de sobrevivência é superior a isso tudo.
Bem, trabalho houve algum, dinheiro é que nem por isso. Burocracia (finanças, segurança social e etc.) houve demasiadas, acho que nunca irei perceber todos os meandros nela envolvidos.
Cimentei a minha posição como aquilo que hoje sou: explicadora. É um trabalho em que, para o melhor ou para o pior, vemos os resultados dele. Gosto do que faço, gosto de ensinar e explicar, mas a tradução será sempre aquele sonho/realidade que ainda está por concretizar.
Consolidei algumas coisas como o meu vício de leitura: leio cada vez mais em inglês e lembro-me cada vez menos do que li no mês anterior (claro que há livros e escritores que descubro e que marcam por um ou outro motivo, como a Kristen Ashley).
Houve dilemas e problemas a resolver, que de uma forma ou de outra acabaram sempre por se solucionar (através de procrastinação, estabelecer de prioridades ou apenas de um tomar de decisões imediato sem pensar nos "ses").
Foi um ano de descoberta e de intrigas: desvendei algumas pessoas, descobri aquilo que não queria sobre algumas, fiquei a perceber melhor outras e, assim, pude dar mais espaço a outras amizades para crescerem - não me arrependo.
Clarifiquei muitas coisas na minha mente e no meu coração, coisas que já devia há muito ter claras, mas às vezes a pessoa precisa de sofer mais um bocadinho ou ter uma mudança de circunstâncias para finalmente deixar ir o que já devia ter partido há muito para deixar espaço para outras coisas.

O ponto alto do ano foi, sem dúvida, a realização de um desejo e promessa antigos: ver Keane ao vivo! Foi um concerto praticamente perfeito, desde a companhia, o local até às músicas que tocaram (incluindo a minha música). Outro ponto alto foi o concerto do Pablo Alborán em Guimarães, onde a companhia também foi a ideal e o alinhamento idem aspas (cantou a minha música duas vezes!) Ainda em relação a concertos, não podia passar um ano sem ver David Fonseca ao vivo! Este ano vi por duas vezes, falei com ele das duas vezes (ainda se lembra de mim xD) e ele cantou a minha música num concerto, coisa que não fazia há anos!
E os Blue voltaram! Para o ano o novo álbum promete.

Em relação à iPUM, foi um ano de renovações por um lado, um ano que deu trabalho construir mas que por isso mesmo foi um dos que mais gozo deu, o ano em que dei muito mas recebi ao mesmo nível. É uma segunda família. Ah, e três anos e tal depois passei finalmente a "i"!!!

No próximo ano só Deus sabe o que virá, não vou dizer o que desejo que aconteça, desisto de antemão de ansiar por algo em especifico, vou esperar e ver o que a vida me traz. Ideias há muitas. Projetos e sonhos existem sempre, mas sabe-se lá se é este o ano certo para os concretizar. Posso, no entanto, afirmar que vou escrever um livro e arranjar um emprego "decente"; agora se é já em 2013, isso já é querer saber demais.
A todos os leitores assíduos e random deste meu blog, boas saídas e ainda melhores entradas!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Inspiração


A inspiração escapa-me.

Ela obriga-me a refletir mais do que o costume, a deitar amarras na minha mente e a biscar significados. Obriga-me a regressar ao passado, reviver situações e emoções na esperança de que ainda façam sentido, ainda estejam presentes.
Obriga-me a deixar-te ir, deixar-te fugir do lugar que por minha culpa ocupas e te recusas a abandonar. Obriga-me a abrir os horizontes, a pensar para lá dos limites. Obriga-me a interromper o curso do pensamento sempre que ele pareça desviar-se do seu objetivo. Obriga-me a fazer uso do condicional, a projetar fisicamente a minha vontade e impulsos.
Obriga-me a deixar de lado frases feitas, clichés e hábitos enraizados na minha escrita. Obriga-me a procurar novos termos e temas e novos rumos para o meu discurso.

Mas, e apesar de todas estas obrigações, de todos os caminhos que me obriga a percorrer, a inspiração continua a escapar-me, de mansinho, por entre as garras da minha mente.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Conto de fadas

Desesperado, arrancado ao tempo que possuis de sobra; vejo-te chegar ao local de sempre. Observo a correria dos teus passos a fazerem frente ao tempo que ainda te resta.
Assoma a vontade de fugir ao encontro, ao inevitável, mas algo mais forte se avizinha: o desejo de ter-te nas imediações da minha alma. Pertences ao meu mundo de faz-de-conta e, nele, representas o papel principal em todas as histórias. Sabes ser o mau da fita quando só eu posso ser a heroína e sabes ser a minha fada-madrinha, a mais desinteressada das personagens quando nada mais te é pedido. Foi numa dessas histórias que nos encontramos da primeira vez, sem saber que desde então todas as minhas histórias seriam também tuas.
Nunca houve um tempo certo para nós dois, parece que nunca paramos tempo suficiente à frente um do outro para nos darmos uma oportunidade. Continuar foi a única opção viável, mas sempre que nos reencontramos voltamos atrás, retrocedemos alguns passos. Voltamos a ser os ingénuos que um dia fomos, voltamos a acreditar que é possível independentemente de tudo aquilo por que juntos passamos. É a nossa história que nos faz ser assim, que não nos deixa acreditar que podemos ser felizes juntos em vez de miseráveis separados.
Mas não vou desistir, vou continuar a teu lado, assistindo a todas as tuas vitórias e derrotas, às movimentações temporárias da tua vida; sabendo que um dia serei eu a única que permaneceu, que nunca desistiu de ti, a única que ocupa um lugar cativo e insubstituível na tua vida.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Hamburg Song - Keane



I don't wanna be adored,
Don't wanna be first in line
Or make myself heard.
I'd like to bring a little light
To shine a light on your life,
To make you feel loved.

No, don't wanna be the only one you know;
I wanna be the place you call home.

I lay myself down
To make it so, but you don't want to know.
I give much more Than I'd ever ask for.

Will you see me in the end
Or is it just a waste of time
Trying to be your friend?
Just shine, shine, shine
Shine a little light,
Shine a light on my life,
Warm me up again.

Fool, I wonder if you know yourself at all,
You know that it could be so simple.

I lay myself down
To make it so, but you don't want to know.
You take much more Than I'd ever ask for.

Say a word or two to brighten my day.
Do you think that you could see your way?

To lay yourself down
And make it so, but you don't want to know.
You take much more Than I'd ever ask for.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Eu: Razão Vs Coração V

Keane - Disconnected
Found at abmp3 search engine
Querido coração: 

Tenho de te conseguir evitar sem precisar de te esconder de todos os meus outros sentidos, sem precisar de controlo perante a tua presença. 
Ainda existes, isso nunca mudará. Ainda me magoas pelas coisas que me fizeste sentir e por tudo o que ficou por fazer mas agora tudo é passado. Deixaste marcas da tua passagem que, como tu, nunca desaparecerão. 
A luta é constante, quero ultrapassar a imposição que a tua constante presença significou, de modo a que no futuro ela apenas signifique uma boa influência, um equilíbrio necessário no tomar de decisões. Já partiste há muito. Desejei-te o melhor quando me apercebi da tua partida, mas ainda eu não me libertei por completo da tua presença. Preciso de trazer outro elemento neutro para a operação e tirar as provas dos nove, para provar que apesar de tudo conseguimos coexistir. 
Anseio o dia em que nem as memórias serão dolorosas, elas que ainda hoje me apanham desprevenida. Nunca nos deixaremos ir totalmente, estaremos sempre ligados por um bem maior. 

 Da tua razão