quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dumbo

Ninguém entende, eu sei. Mas tu estás para mim acima de tanta coisa, tanta que às vezes nem vale a pena tentar explicar. Estupidez, criancice, burrice, idiotice, já ouvi tanta coisa a este respeito e nada mudou! Estiveste sempre lá, nunca baixaste de nível ou desceste no ranking ou de importância, foste sempre perfeito mesmo na tua pequena imperfeição provocada por duas mãos que não sabem quem és e se recusam mais do que os outros a querer entender.
Já sinto a tua falta e sei que vou sentir ainda tanto...não acredito que voltes para mim! Ainda me lembro do primeiro dia em que te vi, deve ser das mais antigas memórias que tenho e desde então nada nem ninguém tomou o lugar que é teu. Já dormi e já verti tantas lágrimas sobre ti, já precisei de ti quando não podia haver mais ninguém. Inveja, malvadez, vingança, egoísmo? Foi tudo isso o que te tirou de perto de mim, fisicamente; serás sempre o meu mais-que-tudo...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Colisão

Não sei porque é que ainda me surpreende que as pessoas possam mudar de um dia para o outro e que uma mera palavra fora do lugar, um passo mal planeado ou uma percepção errada façam tanta diferença!
E por que é que teimar nisto me interessa tanto?

Podíamos ter evitado a colisão, é certo. Se tivéssemos sabido desviar-nos, eu para a esquerda, ela para a direita. Ou se nem sequer nos tivéssemos cruzado naquele tempo e lugar. Mas nenhum de nós me pareceu um condutor experiente. Nenhum de nós conhecia propriamente as estradas. O piso molhado, o nevoeiro baixo, fizeram o resto. Não percebemos que o outro se aproximava. De repente, era tarde. in Sete Sombras

sábado, 11 de setembro de 2010

Sun in my pocket - Locnville



I’ve got the sun in my pocket and the moon in hands
I throw it up amongst the stars and watch it move in a dance
Sometimes I stop and play it over again
With a smooth breeze blowing, flowing closer within, hey.

sábado, 4 de setembro de 2010

Abandono


A realidade muito raramente é ideal.
Há pessoas que aparecem na hora certa mas partem demasiado cedo e as variáveis mudam outra e outra vez. Por muito que todos precisemos não podemos sempre colocar a culpa nos outros apenas para nos sentirmos bem connosco próprios. Futuro ou passado. Presente? Não.
Sinto falta do que já fui e tive e até do que ainda não chegou tenho pena.

As coisas mudaram, noto isso cada vez que te encontro, presencial ou metaforicamente falando.
Tu já não és quem eu pensava que fosses e eu sou muito mais do que era nessa altura; ficaste para trás enquanto eu avancei em frente, sem ti. Já não me vês supensa a cada palavra tua, já não procuro cegamente aprovação e interesse, já não tenho o que esconder de ti, já sou mais do que isso e menos superficial.
Ainda tens o teu valor, aquele que é só teu.