sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Balanço - 2010

Mais um ano chega ao fim, mais um balanço que se vê necessário fazer. Negativo ou positivo? É difícil de ajuizar.

Um ano marcadamente de mudanças a nível profissional. De licenciada desempregada passei a estagiária profissional não exactamente na minha área, mas nas suas redondezas. Para quem quando pequena queria ser professora, aqui tenho a minha oportunidade para ver como seria se esse ainda fosse o meu sonho. O tempo livre é agora mais escasso, mas há coisas que mantêm a sua relevância.
A iPUM continua a ser o projecto mais envolvente a que alguma vez me encontrei associada – um vício iRREVERENTE. Além de fazer parte activa da família azul a nível musical (se bem que nunca mais passo a Azul), faço agora também parte da sua vertente directiva, o que acarreta os seus confrontos e dores de cabeça. Mas vale a pena por aquilo que ao fim do dia, por assim dizer, se retira da experiência: a amizade, a diversão e a responsabilidade.
Mais uma vez aprendi durante este ano que há coisas que não mudam, por muito que tentemos negá-las, evadir-nos, ignorá-las, há limites e mais tarde ou mais cedo cedemos e acabamos por admitir que tudo está na mesma. Mas tem havido sempre pessoas que aparecem e mudam as coisas para melhor: este ano não foi excepção. Calhou-me na rifa um desencaminhador que tornou tudo mais leve e pôs muito em perspectiva. Mais uma no repleto de pessoas com uma importância indiscutível que geograficamente se afastam – a importância é a mesma, a saudade é que aumenta!

Novas responsabilidades, novos espaços, novas pessoas e novos objectivos. Mais uma vez não há resoluções de ano novo, ideias não faltam mas pô-las em prática seria muito mais difícil: e fazer algo que depois não teria resultados nunca foi muito a minha cena!

Feliz 2011 para todos os que lerem isto (para os que não lerem não): que este próximo ano corra mesmo bem, que o melhor de 2010 seja o pior de 2011!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Christmas songs II



Christmas Lights - Coldplay

Christmas night, another fight
Tears we cried, a flood.
Got all kinds of poison in,
Poison in my blood

I took my feet
To Oxford Street
Trying to right a wrong.
Just walk away
Those windows say
But I can't believe she's gone.

When you're still waiting for the snow to fall
Doesn't really feel like Christmas at all.

Up above candles on air flicker,
Oh they flicker and they float.
But I'm up here holding on
To all those chandeliers of hope

Like some drunken Elvis singing
I go singing out of tune,
Saying how I always loved you darling
And I always will.

Oh when you're still waiting for the snow to fall
Doesn't really feel like Christmas at all.

Those Christmas lights
Light up the street
Down where the sea and city meet.
May all your troubles soon be gone
Oh Christmas lights keep shining on.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Christmas song I



There's a story that i was told and i wanna tell the world before i get too old
I don't remember it so lets december it and reassemble it.

Once upon a time in a town like this a little girl made a great big wish
To fill the world of happiness and be on santa's magic list.

Shake it up, shake up the happiness,
wake it up, wake up the happiness
C'mon y'all, it's christmas time.

At the same time miles away a little boy made a wish that day
That the world would be okay and santa claus would hear him say
"I got dreams and I got love, I got my feet on the ground and family above,
Can you send me some happiness with my best to the rest of the people of the
People of the east and the west."
And maybe every once in a while you'll give my grandma a reason to smile
Tis the season with smile it's cold but we'll be freezing in style
Let me meet a girl one day that wants to spread some love this way
We can let some souls run free and she can open some happiness with me

I know you're out there, i hear your reindeer
I see the snow where your boots have been
I'm gonna show them some day we'll know then,
Then love will grow and believe again.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sonhar

De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos.

Fernando Pessoa

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

But for now XIII

.
"No, don't wanna be the only one you know
I wanna be the place you call home.

I lay myself down
To make it so, but you don't want to know
I give much more
Than I'd ever ask for"

.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Para um altruísta sensível

Não sabes de tudo aquilo que me ensinaste, tudo o que aprendi contigo, de ti e por ti. Nem sei mesmo eu o alcance de tudo isso, mas agradeço-te. Trouxeste-me mais do que tantos outros que não costumam deixar marca. A tua está presente, é permanente e hoje em dia essencial.

Não digo que mudei por ti ou graças a ti, tenho dificuldades nesse campo, mas construi-me um pouco mais, descobri forças e fraquezas que desconhecia – coisas boas e sensíveis e coisas más e egoístas – e que agora também tu vais conhecendo e respeitando. Conheces-me uns dias melhor, outros pior, mas há ainda muito a descobrir… Talvez um dia, num daqueles dias em que és para mim mais do que um amigo com quem gosto de estar, para seres o amigo de que preciso.
Sei que recebo, mas gosto também de acreditar que sei dar, que faço algo para que tudo tenha os dois sentidos, mas apenas uma verdade. Tudo isto são meras palavras que, uns dias mais que outros, sinto a necessidade de dizer, mas que podem ser redundantes ou até inexpressivos a teu ver. Pensa apenas que sem todas elas há alturas em que fica algo por dizer e que pelo menos elas são intemporais. Há coisas que são para vida!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Hamburg Song - Keane



I don't wanna be adored
Don't wanna be first in line
Or make myself heard
I'd like to bring a little light
To shine a light on your life
To make you feel loved

No, don't wanna be the only one you know
I wanna be the place you call home

I lay myself down
To make it so, but you don't want to know
I give much more
Than I'd ever ask for

Will you see me in the end
Or is it just a waste of time
Trying to be your friend
To shine, shine, shine
Shine a little light
Shine a light on my life
And warm me up again

Fool, I wonder if you know yourself at all
You know that it could be so simple

Say a word or two to brighten my day
Do you think that you could see your way

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ainda assim

Fazê-lo por mim? Pensei que nunca mais.
Mas a certeza do nunca atraiçoou-me mais uma vez. Já nada era como dantes, mas tudo parece querer voltar ao que já foi. Resta saber se há um significado por detrás disto, no subconsciente da mente que manda e desmanda sobre mim e sobre todos nós.
Não vou tirar mais conclusões de cabeça quente, ser impulsiva e afins. Falei cedo demais. Pensei que tinha acabado e encerrado essa página de insegurança e desapontamento marcada a ferro na minha pele. Era capaz de jurar ainda hoje, mais cedo, que já não havia lugar para isso dentro de mim, que já não era eu assim. Era, já não é mais? Acho que nunca saberei, até ao dia em que algo surja que me tire todas as certezas (que não tenho) e valha mais que tudo o que era como dantes mas que parece querer voltar ao que já foi.
Os meus olhos já pesam (causa ou consequência dos actos?), a noite fecha o dia de revelações chegadas sem aviso prévio, sem precedentes. A ironia, o trago amargo da vida.
Fico à espera. Pensei que nunca mais.

sábado, 9 de outubro de 2010

Je lis

Je lis,
Je me plonge dans ses anciennes lignes,
Les mots s'entrecroisent dans une folle danse;
Je veux partir, je veux m'enfuir.
Je me lance à petits pas
Au plus fort des voyages.
La volonté, le besoin, l'envie
Oublient le temps passé et qu'on dépasse.
Je me renferme, je suis absente même.
Senteurs inconnues, sensations indubitables.
Larmes qui roulent, bonheur qui coule
Quand je lis.
C'est quand la dernière page a été tournée
Que je me rends compte que je reviens à la réalité.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dumbo

Ninguém entende, eu sei. Mas tu estás para mim acima de tanta coisa, tanta que às vezes nem vale a pena tentar explicar. Estupidez, criancice, burrice, idiotice, já ouvi tanta coisa a este respeito e nada mudou! Estiveste sempre lá, nunca baixaste de nível ou desceste no ranking ou de importância, foste sempre perfeito mesmo na tua pequena imperfeição provocada por duas mãos que não sabem quem és e se recusam mais do que os outros a querer entender.
Já sinto a tua falta e sei que vou sentir ainda tanto...não acredito que voltes para mim! Ainda me lembro do primeiro dia em que te vi, deve ser das mais antigas memórias que tenho e desde então nada nem ninguém tomou o lugar que é teu. Já dormi e já verti tantas lágrimas sobre ti, já precisei de ti quando não podia haver mais ninguém. Inveja, malvadez, vingança, egoísmo? Foi tudo isso o que te tirou de perto de mim, fisicamente; serás sempre o meu mais-que-tudo...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Colisão

Não sei porque é que ainda me surpreende que as pessoas possam mudar de um dia para o outro e que uma mera palavra fora do lugar, um passo mal planeado ou uma percepção errada façam tanta diferença!
E por que é que teimar nisto me interessa tanto?

Podíamos ter evitado a colisão, é certo. Se tivéssemos sabido desviar-nos, eu para a esquerda, ela para a direita. Ou se nem sequer nos tivéssemos cruzado naquele tempo e lugar. Mas nenhum de nós me pareceu um condutor experiente. Nenhum de nós conhecia propriamente as estradas. O piso molhado, o nevoeiro baixo, fizeram o resto. Não percebemos que o outro se aproximava. De repente, era tarde. in Sete Sombras

sábado, 11 de setembro de 2010

Sun in my pocket - Locnville



I’ve got the sun in my pocket and the moon in hands
I throw it up amongst the stars and watch it move in a dance
Sometimes I stop and play it over again
With a smooth breeze blowing, flowing closer within, hey.

sábado, 4 de setembro de 2010

Abandono


A realidade muito raramente é ideal.
Há pessoas que aparecem na hora certa mas partem demasiado cedo e as variáveis mudam outra e outra vez. Por muito que todos precisemos não podemos sempre colocar a culpa nos outros apenas para nos sentirmos bem connosco próprios. Futuro ou passado. Presente? Não.
Sinto falta do que já fui e tive e até do que ainda não chegou tenho pena.

As coisas mudaram, noto isso cada vez que te encontro, presencial ou metaforicamente falando.
Tu já não és quem eu pensava que fosses e eu sou muito mais do que era nessa altura; ficaste para trás enquanto eu avancei em frente, sem ti. Já não me vês supensa a cada palavra tua, já não procuro cegamente aprovação e interesse, já não tenho o que esconder de ti, já sou mais do que isso e menos superficial.
Ainda tens o teu valor, aquele que é só teu.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Entretanto

Pára tudo o que quiseres, dou-te tudo o que mais queres e depois vou eu à procura do que é melhor para mim. Traço novos rumos e metas diferentes das tuas só para não voltar ao que eras. Mudei tanto por ti, fui quem não queria ser e perdi. Sou agora o que tu precisaste que eu fosse naquele momento, não me preocupar com as consequências nunca foi solução. Esquecer não foi uma escolha, foi antes uma impossibilidade.
Segui em frente, mas mesmo hoje não sei se apenas o quis ou se o tornei real. Ainda estás aqui, ainda és mais que os outros, ainda me preocupas e intrigas, mas para o melhor e para o pior já não depende de ti. Foi bom enquanto durou? Nem sei se chegou mesmo a acontecer, não há provas concretas que mo assegurem.
Sinto a tua falta porque estás presente mas não como antes, não como queria que precisasses e como eu preciso que estejas para me sentir segura.
Não sei se vou voltar a ter isso que já tive e que desperdicei. Não me custa a admitir que me arrependo, que faria agora as coisas de um modo diferente, mas o resultado seria o mesmo: tu aí e eu aqui, com uns quantos países de palavras a mais entre nós.
Estou farta de escrever e de lutar contra a tua desconfiança e dificuldade em acreditar nas minhas palavras.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Airplanes - B.o.B. ft Hayley Williams

Que música linda! =)

Can we pretend that airplanes in the night sky
are like shooting stars?
I could really use a wish right now,
a wish right now, a wish right now!

Yeah, I could use a dream, or a genie or a wish
to go back to a place much simpler than this.
Cuz after all the partying, and the smashing and the crashing,
and all the glitz and the glam, and the fashion
and all the pandemonium and all the madness
there comes a time when you fade to the blackness.
And when you're staring at that phone in your lap
and you're hoping but them people never call you back.
But that's just how the story unfolds
you get another hand soon after you fold
and when your plans unravel in the sand
what would you wish for if you had one chance?
So airplane, airplane, sorry I'm late
I'm on my way so don't close that gate.
If I don't make that then I'll switch my flight
and I'll be right back at it by the end of the night.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Contentamento

“That’s what you get when you let your heart win.”

E se estamos mesmo contentes com aquilo que temos e somos agora? E se sabemos que não podemos pedir mais? Por que existe a necessidade alheia de rotular e a vontade intrínseca de definir?
É possível que o que agora é seja mesmo melhor do que o que poderia ser se tentássemos, se arriscássemos, se seguíssemos os conselhos mais imprudentes. Mas há quem não acredite.
Por vezes é difícil diferenciar o que nós realmente pensamos daquilo que os outros nos tentam fazer ver e crer. Será que o que realmente sentimos e queremos é o que verbalizamos e aquilo em que reflectimos?
Nunca depende só de nós, ninguém controla tão bem a sua própria mente como pensa. Muitas das crenças que temos são ideias e ideais que mais do que formados por nós mesmos, nos forma incutidos por outrem. Será que não pode acontecer o mesmo em relação aos sentimentos?

“We can’t control how we feel, only what we can do about it.”

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eclipse


“This wasn’t a choice between you and Jacob. It’s between who I should be and who I am…. I’ve had to face death, and loss and pain in your world but I’ve also never felt stronger, more real, more myself coz it’s my world too. It’s where I belong.”
(Bella Swan)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

SAUDADE

Só se pode ter saudades daquilo que se viveu, teve e sentiu e de tudo aquilo a que se quer voltar. Mas as saudades de pessoas são as que batem mais forte; todos temos aqueles que na nossa vida vêm e vão, é quase expectável!
E é tão bom quando aparecem pessoas na nossa vida num momento em que não estávamos à espera e que são exactamente aquilo de que precisamos. Mas não deixa de ser triste quando o hábito se quebra sem ser o que desejamos e a saudade preenche um espaço agora mais vazio.

“A saudade é um sentimento do coração que vem da sensibilidade e não da razão.”

domingo, 4 de julho de 2010

All In - Lifehouse


All night staring at the ceiling
counting for minutes I've been feeling this way
So far away and so alone

But you know it's alright
I came to my senses
Letting go of my defenses
There's no way I'm giving up this time
Yeah, you know I'm right here
I'm not losing you this time

And I'm all in, nothing left to hide
I'm falling harder than a landslide
I spend a week away from you last night
And now I'm calling, calling out your name
Even if I lose the game, I'm all in
I'm all in tonight, yeah I'm all in,
I'm all in for life

There's no taking back what we've got
Too strong, we've had each other's back for too long
There's no breaking up this time
And you know it's okay, I came to my senses
Letting go of my defenses
There's no way I'm giving up this time

I want it, I want it, I want it
I want it, I want it, I want it, yeah
I want it, I want it, I want it, yeah

sábado, 26 de junho de 2010

Granizo

Está tudo bem, eu e o meu amigo conversamos horas, rimos, celebramos, ouvimo-nos em voz baixa, descobrimos os nossos defeitos comuns. E de repente, a terminar a noite, uma frase fora do sítio, implacável, sinceridade a mais, sensibilidade a mais, cinzas que resolvem cair, o granizo da amizade.

in Sete Sombras

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Zona de Embarque

Olho constantemente para a porta na esperança de te ver chegar outra vez. Minto. Nunca cá estiveste de verdade, apenas aqueles que queriam roubar-te o lugar, mas esses têm partido e poucos deixam memória.
Sinto vontade de voltar atrás no tempo, não para um momento qualquer em específico, daqueles que dizemos definirem a nossa vida e traçarem o futuro a que agora chamamos presente. Sinto falta da despreocupação, da inocência, do pensamento altruísta de que o futuro havia de ser melhor e apagaria as mágoas e erros do passado. Quero tudo isso de volta. E quero acreditar que hás-de chegar, nem que seja quando eu menos esperar e vindo do local mais impensável para mim.
Não posso afirmar que já te tenha sentido aqui alguma vez. Já pus essa hipótese, contudo. Talvez ainda agora. Mas às vezes confundo-me: não sei se é porque quero ou porque preciso acreditar que sim, que chegaste para ficar. Não. Quando chegares e vieres à minha procura, eu hei-de saber que a espera e a fé valeram a pena porque irei ter a certeza num instante apenas. Falta estabelecer o ponto de encontro.
Mas podes de facto já ter chegado sem grandes manifestações e por não seres o que eu esperava, não ter reparado que chegaras pronto para enfrentar a minha realidade. Ocorre-me que já possas ter chegado então, mas não saberes tu o que te esperava. Pode ser que vivas o dia sem saberes onde planeias chegar e quem hás-de encontrar. Pode ser que eu seja um erro de casting e que a hora seja errada e tudo não passe de uma quimera.
E, por outro lado, podes ser tu quem me espera ainda e eu quem te deve buscar. Se assim for, desisto porque a mim não me fizeram lutadora e aventureira como tu, tão-somente fraca e sentimental. E assim já não quero. Agora preciso voltar atrás, reencontrar-me, ao meu “eu” destituído de expectativas, pronta a agarrar tudo o que surgir e ir ao encontro de tudo o que fugiu sem autorização.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Alma

Nós não podemos amar, filho. O amor é a mais carnal das ilusões. Amar é possuir, escuta. E o que possui quem ama? O corpo? Para o possuir seria preciso tornar nossa a sua matéria, comê-lo, inclui-lo em nós... E essa impossibilidade seria temporária, porque o nosso corpo passa e se transforma, porque nós não possuímos o nosso corpo (possuímos apenas a nossa sensação dele) e, porque, uma vez possuído esse corpo amado, tornar-se-ia nosso, deixaria de ser outro, e o amor, por isso, com o desaparecimento do outro ente, desapareceria...
Possuímos a alma? - ouve-me em silêncio - Nós não a possuímos. Nem a nossa alma é nossa sequer. Como, de resto, possuir uma alma? Entre alma e alma há o abismo de serem almas.

Bernardo Soares in Livro do Desassossego

domingo, 6 de junho de 2010

Linhas Cruzadas - Virgem Suta

Reajo a esse incómodo olhar
Nem quero acreditar que vem na minha direcção
Há dias que estou a reparar, nem queres disfarçar
Roubas a minha atenção.
Aprecio o teu dom de tornar, num clique o meu falar
Numa total confusão.
Confesso que só de imaginar que te vou encontrar
Me sobe à boca o coração

E falas de ti e Falas do tempo
Prolongas o momento
Com um simples cumprimentar.
Falas do dia, falas da noite
Nem sei que responda
Perdido no teu olhar.

É certo que sempre ouvi dizer
Que do querer ou fazer vai um enorme esticão.
Mas haverá quem possa negar
Que querer é poder e o nunca é uma invenção.
Bem sei que este nosso cruzar
Pode até nem passar de um capricho sem valor
Mas porque raio hei-de evitar
Se esse teu ar me trouxe ao sangue calor.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Des(ilusões)

É comum a chegada de um momento em que o que esperamos dos outros não se coaduna com aquilo que eles estão dispostos a dar. E quando esse momento chega há que ser superior. É comum também a altura em que descobrimos coisas acerca dos outros que julgávamos serem diferentes e em que somos obrigados a repensar tudo o que até ali era certo, do nosso ponto de vista. É também comum a ocasião em que apesar de terem dito igual, as pessoas fazem diferente e nos confundem e perdem, assim, a confiança que neles depositávamos.
Ninguém conhece outrem totalmente e todos os dias somos confrontados com esse facto e tomámos a nossa posição. Podemos ignorar, questionar ou tentar mudar, mas não somos nós o cerne da questão. Ou talvez sejamos, uma vez que somos nós quem espera demais, quem acredita e quem confia – quem se ilude.
Estes são instantes em que somos forçados a pôr os pés no chão, a encarar a realidade e a aprender a lidar com ela. Instantes que nos fazem crescer, perder a inocência que tanto prezamos e ver as coisas tais como elas são – sem qualquer perfeição mascarada.
Desilusão é uma das palavras mais fortes que existe no nosso vocabulário, é algo que dificilmente volta atrás e dificilmente se conserta, por isso eu só a digo, porque tenho a real noção do seu valor, quando não há mais nada a fazer e todas as opções viáveis se esgotaram.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Amor é

Ferida que não dói,
a palavra que não precisa ser dita,
um olhar suspenso dos teus olhos,
respirar o ar em que respiras,
dizer o teu nome
e ouvir nele a tua voz,
esperar-te em cada instante
em que sei que me esperas,
dar-te a alegria que me dás,
ver-te chegar num eco de ave,
e deixar que me prendas
com o teu gesto mais suave,
sentir-te, só, ao pé de mim,
e sentir-me tão só longe de ti,
saber que existes em mim
como sei que existo em ti,
a flor de fogo do teu corpo,
e beijar essa flor.

Nuno Júdice

sexta-feira, 21 de maio de 2010

All I need - Within Temptation

I'm dying to catch my breath, Oh why don't I ever learn?
I've lost all my trust though I've surely tried to turn it around.

Can you still see the heart of me?
All my agony fades away When you hold me in your embrace.

Don't tear me down
For all I need
Make my heart a better place, Give me something I can believe.
Don't tear me down,
You've opened the door now Don't let it close.

I'm here on the edge again, I wish I could let it go
I know that I'm only one step away From turning around.

I've tried many times but nothing was real
Make it fade away.
Don't tear me down
I want to believe that this is for real,
Save me from my fear, Don't tear me down.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Paranóia

Está na hora de mudar, de deixar para trás o que não está certo e de parar de viver a vida em função disso.
Esta necessidade de controlar o que sinto, de não piorar o que é já de si imprevisível, não é saudável.
Esta capacidade de repetir as mesmas falas, os mesmos discursos sem conseguir fazer nada para mudar não pode continuar.
Esta falta de uma decisão tomada consensualmente entre mim e eu mesma e este vício de te ter por perto, seja em que medida for é viciante.
Esta viuvez de sentimentos que alternas com a coragem de estar presente quando é preciso não é suficiente nem deve ser.
Esta dúvida que me assola quando sinto que mereço algo mais que não luto por alcançar é frustrante.
Esta oportunidade de ser sincera que surge nos momentos mais libertos – deveria apressá-la? Será que vale a pena garantir o que tenho a perder por aquele insuficiente que tenho?
Porquê lutar pelo que quero se não te quero querer a ti?
Fazes-me falta. Tu, a calma de que preciso para decidir seguir em frente sem te deixar para trás.
Não abuso. Apenas não cumpres tu a tua parte.
Não quero ter de fugir, de me esconder ou de mudar porque estraguei tudo, porque não menti e avancei sem medo, porque deixei o “e se” no passado e pensei no presente.

sábado, 15 de maio de 2010

Frases do Enterro da Gata '10

Sábado
"Girls just wanna have fun”
Domingo
"Esse nobre vagabundo"
Segunda
A árvore da montanha a e i o u, a árvore da montanha a e i o u!
Terça
As pessoas bêbadas iritam-me!
Quarta
Não sei. Já é de dia.
Quinta
Isso agora…
Sexta
“Vou tirando fotocópias e vou pensando em ti”

terça-feira, 11 de maio de 2010

David Fonseca@Enterro da Gata '10

Chuva, muita chuva! Mas isso pouco interessou, foi um dos melhores concertos de David Fonseca a que já assisti! Literalmente: David Fonseca non-"Stop 4 a minute"!

"É sempre bom voltar a casa"
"I am your DJ"

I want to break free.Walk away when you're winning. A cry 4 love. Owner of her heart. Change your heart.Kiss me, oh kiss me. Morning tide. Our hearts will beat as one. Time after time.Someone that cannot love. Gelado de Verão. The roof is on fire.Stop 4 a minute. Girls just wanna have fun.The 80's. There's nothing wrong with us. Superstars II. This one's so different. Angel song. Raging light. Silent Void.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Limites

Tenho limites. Não são bons, nem maus. Mas são necessários e gosto deles.
São eles que me impedem de dizer o que mereces ouvir na hora que mereces, são eles que me controlam a mente e não me deixam pensar naquilo de que preciso. Impedem-me de arriscar quando sei que tenho algo a perder, mas, ao mesmo tempo, fazem-me ser directa e agir de acordo com os meus princípios. Sou uma para mim e outra para os demais.
São esses limites que me fazem ter medo de sentir o que me pode trazer insegurança e indecisão. O que me antevê como alguém frio e calculista que, no entanto, não sou. Mas não é fácil verem o meu coração, sei esconder o que me move como não sei esconder o que me irrita. É por causa deles que sou confiável.
Sinto-me culpada quando os ultrapasso conscientemente. E digo que nunca mais…até à vez seguinte, sem aprender a lição. Mas estes episódios de nada adiantam se na trama geral eles continuam lá, imperativos e calculistas.
Os limites equilibram-me. São sempre justificados mesmo quando alguém não os percebe. É uma dependência estranha, que me eleva a fluidez de pensamento ao seu máximo expoente. O coração não obedece. Tento sempre provar a mim mesma e explicar aos outros porque preciso deles. Nada melhor do que pô-los em prática. Há quem me faça ponderar, justificá-los e me queira ajudar a quebrá-los, pouco a pouco…sem perder o controlo.
Gosto de me entregar, de me deixar levar, mas detesto sentir-me assim vulnerável. Até gosto de ser assim, as mais das vezes. Há quem se contente com pouco.
Quem me dera não ter limites!

terça-feira, 4 de maio de 2010

But for now XII

"Ya, ya no puedo más
Ya me es imposible soportar
Otro dia mas sin verte.
Ven, dame una razón
Si es algo que no tiene solución
Es otro dia más sin verte.

No, quiero estar contigo
No se por que, dime por que."


P.S.: O que isto me faz lembrar é que é relevante, não a letra em si.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Amigo Aprendiz

Tudo o que queria dizer mas não sabia...


Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Fernando Pessoa

segunda-feira, 26 de abril de 2010

À procura

Fazes-me falta.
É difícil ver para além do imediato, tenho a visão turva e toldada por lembranças que já não fazem sentido.
Só me dás de ti quando é preciso, tenho sede de mais; já não sabes de tudo, não confio em ti como antes.
Julgo merecer toda a disciplina a que me obrigas apenas porque não estou no direito de querer mais. Ouvi o que me dizias e senti o que quiseste dizer, virei costas e fugi.
Vou voltar atrás, fingir que nada te disse e ignorar os sinais de aviso que sentia a chegar; seguir em frente contigo, esquecendo o pensamento porque esse nem eu controlo.
Preciso de algo novo e único que preencha o lugar que sei que nunca te pertencerá a ti. E não podes arrepender-te e voltar um dia na esperança de que tudo esteja ainda como o deixaste.
Acabaram-se os lugares cativos, não esperes muito mais de mim!
Não me fazes falta.

terça-feira, 20 de abril de 2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

But for now XI

"I am outside
And I've been waiting for the sun
With my wide eyes
I've seen worlds that don't belong
My mouth is dry with words I cannot verbalize
Tell me why we live like this

Keep me safe inside
Your arms like towers
Tower over me"

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ausência Tua

"Tenho espaço indeciso, dá-me mais porque preciso,
mais um sopro do que tens."


Não é o que dás aos outros, é o que não me dás a mim que me cega e me sufoca na realidade dos teus passos.
Para que quero saber e entender o que não me deixas descobrir? Deixa-me a porta aberta para poder entrar quando eu quiser.
Há quem tenha sempre algo a dizer e faça de uma altura a errada, e ao errar me transforme na mais consciente das dúvidas.
São precisas situações extremas para dares o melhor que tens em ti, para que tudo o que outrora parecia real faça sentido, seja visível.
Nunca senti o gosto da vitória contigo perto. Viajaste para tão longe de nós que já não encaixas onde devias, Perdeste o direito ao lugar que guardava só para ti.
Quero-te bem ainda, bem demais até talvez, Mas já não te vejo onde não estás, já não te persigo como louca.
Por que hei-de querer definir o que és para mim hoje Se o que foste ontem nunca passou de um mero gosto pelo que dói?
Sinto-me presa quando não estás e a tua falta quando te encontro.

"Não percebo o que é que queres, diz-me tu o que preferes:
ir embora ou ficar?"

domingo, 21 de março de 2010

Largar o que há em vão

Tenho o teu abraço cheio
com a solidão no meio que não deixa abraçar.
Tenho o teu olhar presente e o desenhar do movimento
do teu corpo a chegar.
Tenho o teu riso sentado e o mistério do teu lado
que preciso desprender.
Tenho o corpo a correr, tenho a noite a trespassar,
tenho medo de te ver.
É perigoso este perfume e a memória do teu nome,
é de fogo o que nos une.
Tenho espaço indeciso, dá-me mais porque preciso,
mais um sopro do que tens.

Mesmo longe caem rosas como pedras preciosas
que confundem a razão.
O mistério do teu lado entre o certo e o errado,
bem e mal: discussão.
Volta o teu abraço cheio com o coração no meio,
volto eu a disparar.
Não percebo o que é que queres, diz-me tu o que preferes:
ir embora ou ficar?
Este espaço intermédio entre a paz e o assédio
não nos deixa evoluir.
Não é amor nem fogo posto, é amar sem ser suposto,
é difícil resistir.

Meu amor esta vontade, meu amor se é verdade,
meu amor se queres saber
Abre espaço no que é teu, vou-te dar o que é meu
Deixa andar, deixa ser.


Tiago Bettencourt

terça-feira, 16 de março de 2010

But for now X


"That's why I can't say enough times, whatever love you can get and give, whatever happiness you can filch or provide, every temporary measure of grace, whatever works."

Boris Yellnikoff in "Whatever Works" de Woody Allen

sábado, 6 de março de 2010

As coisas são - The Agency




Ficamos por aqui,
Eu tenho que tentar ser o que não sou
Porque não és só, tens de me entender
Da cabeça aos pés.

E se der pra entender
O modo como sentes o mundo na tua mão.
E se tiver de ser
É o modo como vives, é assim que as coisas são.

Eu nunca vou crescer
E nunca vou viver num mundo igual ao teu.
Então tens de me deixar sonhar como eu quiser,
Ser feliz ao teu poder.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Eu: Razão vs Coração

Oasis - Wonderwall

Querido Coração:

De que preciso eu para estar bem? De boa companhia. Preciso de me sentir parte de algo, preciso de pessoas. Não nasci para viver só, não consigo. Sou perseguida mentalmente pelo que não quero e deixo-me afogar nos meus pensamentos mais dramáticos. E isso não é solução para nada.
Detesto que tenham pena de mim, mas também detesto que não se importem, que não queiram saber. Somos todos egoístas, também tu o sabes ser às vezes. Custa-te a admitir que te conheço minimamente, que posso estar certa a teu respeito e custa-me também a mim perceber em certos momentos que tens a razão que devia ser minha. Se sou exagerada? Sou. Tenho os meus defeitos, mas sei viver com eles. Tu pareces não saber enquadrar os defeitos dos teus outros homólogos nos teus, mas sei que tento! Eu devia ser mais forte. Não sei bem porquê, mas devia. Devia ser capaz de arriscar, sem temer as consequências (ou arranjar maneira de as controlar). Mas será que ainda há esperança?
Tenho vindo a descobrir que sou preguiçosa (mas a minha agenda mesmo assim não parece ser compatível com a tua) e que uma maior dose de paciência às vezes não me faria mal. Tenho a mania de recordar o que já passou, de desejar voltar atrás ou reeditar alguns momentos. Estou sempre a aprender…também contigo. A aprender a confiar, a aprender a ouvir o que não quero e o que não mereço também. Houve um tempo em que me dizias tantas coisas importantes, em que usavas da razão que me dá o nome e me davas na cabeça, em que me sentia impotente, mas sabia que importava…é difícil saber agora o que relembrar primeiro. Sou teimosa, sempre fui. É de família? Contrariamo-nos até ao fim, até alguém ceder, mas há vezes em que nunca ninguém cede e estagnamos os dois…não sou assim com tudo e todos. Há quem conheça alguns atalhos.
Tenho medo de te ver cair. Já tive mais. Porque eu sei que se caísses eu caía a seguir e não gosto que assim seja. Tenho medo de ser eu a única a cair e que lá não estejas para me levantar, medo de deitar tudo a perder. Será já demasiado tarde? Também tu me sabes tirar do sério. Não somos compatíveis? Temos de o ser, senão ficamos ainda mais perdidos sem saber qual o sentido de todo o tipo de sentimentos que existem. Exagerei outra vez… és tu quem me deixa sem capacidade de pensar noutra coisa que não o que provocas. Detestava bloquear-te, acredita!
Tem sido difícil dizer o que quero e ouvir o que quero que me digam, há quem pareça sempre agir em contrário. Mas quando falo de coisas importantes, quando peço tempo de antena, acabo sempre por divagar e me perder, não fazer sentido nenhum…e nunca tiveste medo de mo fazer ver (não é um defeito)! Podes brincar comigo, sempre tiveste essa liberdade e sabes ter piada, sabes os teus limites porque os impões para os outros, mas não para ti. Há coisas que falam mais alto e, para mim, a tua voz é grave e faz-se notar. Não é suposto seres tão parcial como de facto és. Tens os pés no chão e eu sempre com a cabeça no ar. Gosto de limites e de ter tudo sob controlo. É estranho dizer isto, não é? Logo eu que me preciso de libertar de certas amarras e sair de mim mesma.
Deixo-te a ti a frieza ou o ardor do raciocínio, outrora mais controlados, a dureza no geral com que me castigas sem intervalo. Também eu tenho direito a queixar-me e a querer que voltemos a ser o que éramos, o que apesar de não ser perfeito era melhor do que o que (não) és para mim agora. Disseram-me noutro dia que eu devia aprender a partilhar os meus pensamentos com alguém em quem confio. E eu confio em ti, sempre confiei…estás sempre presente e respondes quando te imploro. Mas para mim não basta, tens de aprender tu a ser mais activo, a estar sempre lá e a aprender a receber, a deixar que entrem no teu reino e te ajudem a ser melhor. Gosto de justiça.
Perdoa-me pela extensão do relato e pelas ambiguidades nele contidas, sei que as indeferes com a mesma intensidade.

Da tua Razão.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Crystalised - The xx


You've applied the pressure
To have me crystalized
And you've got the faith
That I could bring paradise.

I'll forgive and forget
Before I'm paralyzed
Do I have to keep up the pace
To keep you satisfied,

Things have gotten closer to the sun
And I've done things in small doses
So don't think that I'm pushing you away
When you're the one that I've kept closest.

(Ahh ahh ahh) (x4)

You don't move slow
Taking steps in my directions
The sound resounds, echo
Does it lesson your affection?
No.

You say I'm foolish
For pushing this aside
But burn down our home
I won't leave alive.

Glaciers have melted to the sea
I wish the tide would take me over
I've been down on my knees
And you just keep on getting closer.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Salvação

Escondes tudo ao comum dos mortais, permaneces uma ilha deserta apesar de todo o progresso. Respondes à inquietação de outros com a dose certa de conforto, mas sem entrega.
Dás mas não deixas que te roubem aquilo que és e sentes, e mais não te podem pedir. Não podem porque te fechas e prendes numa fachada em construção que não és tu. Nunca ninguém te viu ou sabe como és, mas muito já foi dito sobre ti.
Afastas quem ultrapassa o limite exigido pelas tuas leis e por sua conta se aproxima em demasia, mostrando quem não és. Vicias os mais cépticos e os mais necessitados da mesma forma, tornas a descrença em ti impossível de querer.
Os dias estão gastos, as investidas forçadas e as tentativas inglórias e frustradas. Só resta esperar por um herói que te salve e te obrigue a ser feliz.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Love this pain - Lady Antebellum



She's no good for me,
I know that she's a wild flower.
She's got a restlessness,
A beautifulness, a thing about her.
But here I am again calling her back,
Letting her drive me crazy.

It's like I love this pain a little too much,
Love my heart all busted up.
Something 'bout her, we just don't work
But I can't walk away.
It's like I love this pain.

It's just an on again
And off again situation,
It's just striking a match,
A tank of gas combination.
But here I am again lighting it up,
Knowing that she'll just burn me,

It's like I love this life
When nothing's right, yeah something's wrong.
It's like I'm just not me
If I can't be a sad, sad song.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Justificação

As minhas emoções são influenciáveis, a minha mente não. Poucos são aqueles que sabem do que falo e que me conseguem moldar: são esses que valem a pena, os que se aproximam suficientemente para quererem continuar a tentar. Não se pode controlar tudo...
Nunca soube atribuir culpas, sou sempre eu a maior responsável pelas minhas atitudes e teimosias mas creio que no fundo há uma razão que explica isso tudo e que foge do meu comando.

"Há uns que entendem o que não dizemos, outros não entendem o que queremos, outros sabem do que precisamos, mas são muito poucos os que nos fazem sentir sempre bem e é por esses que acabamos sempre por sofrer"

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Controlo

"We can't control how we feel, only what we can do about it!"
Tenho uma necessidade de controlo que não percebo e que maltrata a coragem que finjo ter. Confirmações nunca as terei, já não vivemos no mesmo mundo que outrora almejava para mim. Aproveito as réstias de oportunidade que surgem sem querer, mas já não sinto só o que devia, agora divago e penso em outras palavras, outras mãos e outros ombros.
Será que algum dia vou desistir de tentar esquecer e largar todas as dúvidas e inseguranças para ser tudo aquilo que quero ser agora? Valerá a pena sair de mim, perder o controlo e deixar-me ir, sem me importar muito com aquilo que já não volta a ser?
Fico à espera da resposta, do denominador comum, que a mente me trará...controlo!

"Be true to your work, your word, and your friend."
Henry David Thoreau

sábado, 30 de janeiro de 2010

Stop 4 a minute - David Fonseca

I had you close, had you most than ever before,
I ate dirt 'till it hurt so you could love me more.
I told lies, I disguised all of my inner thieves, yeah
And now I'm stuck and I strike like a common disease.

Now I need to stop for...

Now I need to stop for a minute.
I think that I've been lost here before.
I think I need to stop for a minute.
Yeah, I see footprints coming out from the floor.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

David Fonseca, Theatro Circo, 23 de Janeiro de 2010

ESPECTACULAR

[I want to break free], Walk away when you’re winning. U make me believe. Owner of her heart. [Everybody's gotta hurt sometime], A cry 4 love. Kiss me, oh kiss me. Morning tide (I just can’t remember). [Time after time], Someone that cannot love. Gelado de Verão. [The roof is on fire], Stop 4 a minute. There's nothing wrong with us. Superstars.

Haunted home. Who are you?. [Just can't get enough], The 80's. This one's so different. Angel song. Silent void.









"Here's a song, it's the one for the one
Sing it out, try it out, try it on
This one's so different..."

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

As coisas mais simples

Nunca são as coisas mais simples que aparecem
quando as esperamos.
O que é mais simples, como o amor,

ou o mais evidente dos sorrisos,
não se encontra no curso previsível da vida.
Porém, se nos distraímos do calendário,
ou se o acaso dos passos nos empurrou

para fora do caminho habitual,
então as coisas são outras.
Nada do que se espera transforma o que somos

se não for isso: um desvio no olhar;
ou a mão que se demora no teu ombro,
forçando uma aproximação dos lábios.

Nuno Júdice

domingo, 17 de janeiro de 2010

But for now IX

Mesmo quando partimos para uma conversa repletos de boas intenções e com a maior das vontades, nem sempre as coisas correm como esperado...
Há quem nos surpreenda, quem nos deixe sem palavras ou sem reacção, quem nos faça rir de nós mesmos, quem se ria connosco, quem perceba o que queremos dizer, quem se faça de desentendido...e depois há também quem consiga isso tudo, sem ser sempre imprevísivel. Mas é raro!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Undisclosed Desires - Muse



I know you suffered
But I don't want you to hide.
It's cold and loveless
I won't let you be denied.

Soothe me,
I'll make you feel pure.
Trust me,
You can be sure.

I want to reconcile the violence in your heart,
I want to recognize your beauty's not just a mask,
I want to exorcize the demons from your past,
I want to satisfy the undisclosed desires in your heart...

You trick your lovers that you're wicked and devine,
You may be a sinner
But your innocence is mine.

Please me,
Show me how it's done.
Tease me,
You are the one.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Memories up to date III

...
"Não te interessava talvez descobrir a fraca militância com que te falava. Julgo-me hipócrita às vezes, temo não fazer a diferença, ser apenas mais um número, uma pessoa. Sem luta não há proveito mas eu não queria lutar por ti, queria somente que me atribuísses o mínimo de importância que mereço, não na tua vida, mas naquele momento. Nem mesmo sei se ouviste com atenção ou se estavas demasiado preocupado em defender a tua posição de impenetrável e desentendido. Conseguiste-a."
23/09/07
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