segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Tempestade

Pensei que já estava tudo ultrapassado, que as nuvens que nos seguiam constantemente desde longe já tinham chovido tudo o que tinham para chover, que  as árvores não davam mais frutos sedentos de desgraça. Equivoquei-me, Mea Culpa. Afinal, a tempestade só tinha amainado, as nuvens estavam a encontrar-se secretamente prontas a dar um golpe assim que as circunstâncias o permitissem. E assim foi. E agora? Agora resta esperar que depois da tempestade venha a bonança, mesmo depois de tudo aquilo que se perdeu.
Será que vamos sobreviver como se nada fosse ou já nada mais será o mesmo como se o feitiço se tivesse quebrado? Vemo-nos obrigados a reviver o passado, a pensar nas lições que já deviamos ter aprendido e os erros que já podiamos ter corrigido; mas o homem é um ser falível; precisa de decepção e do sofrimento para se sentir vivo e sobreviver. E depois há homens que preferem viver como uma ilha.