Há coisas que nem vale a pena começar porque sabemos que nunca lhes daremos continuação. É triste e infrutífero ter esse nível de consciência, reconhecer os nossos limites, conhecermo-nos a esse ponto.
É isso que muitas vezes retira o significado de pequenas vitórias, pequenos avanços que fazemos, pois sabemos que chegaremos a um ponto onde não poderemos, não seremos capazes de avançar mais.
Há quem diga que o que conta é o caminho que se faz até chegar ao lugar almejado e não apenas chegar lá: a velha questão dos meios justificarem os fins? Mas às vezes perguntamo-nos por que nos esforçamos por viver coisas que nunca darão em nada, o porquê de nos esforçarmos por atingir algo que não terá as consequências desejadas, porquê começar uma estrada se sabemos nunca conseguir caminhar até ao fim?
Não é pessimismo ou negativismo, é ter consciência do que se é e do pouco que os outros podem influenciar em certos casos em que cabe apenas a nós mesmos decidir se vale a pena continuar ou então terminar antes de chegar à encruzilhada que nos aguarda mais adiante.
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