quarta-feira, 2 de junho de 2010

Des(ilusões)

É comum a chegada de um momento em que o que esperamos dos outros não se coaduna com aquilo que eles estão dispostos a dar. E quando esse momento chega há que ser superior. É comum também a altura em que descobrimos coisas acerca dos outros que julgávamos serem diferentes e em que somos obrigados a repensar tudo o que até ali era certo, do nosso ponto de vista. É também comum a ocasião em que apesar de terem dito igual, as pessoas fazem diferente e nos confundem e perdem, assim, a confiança que neles depositávamos.
Ninguém conhece outrem totalmente e todos os dias somos confrontados com esse facto e tomámos a nossa posição. Podemos ignorar, questionar ou tentar mudar, mas não somos nós o cerne da questão. Ou talvez sejamos, uma vez que somos nós quem espera demais, quem acredita e quem confia – quem se ilude.
Estes são instantes em que somos forçados a pôr os pés no chão, a encarar a realidade e a aprender a lidar com ela. Instantes que nos fazem crescer, perder a inocência que tanto prezamos e ver as coisas tais como elas são – sem qualquer perfeição mascarada.
Desilusão é uma das palavras mais fortes que existe no nosso vocabulário, é algo que dificilmente volta atrás e dificilmente se conserta, por isso eu só a digo, porque tenho a real noção do seu valor, quando não há mais nada a fazer e todas as opções viáveis se esgotaram.

5 comentários:

Nemec disse...

Há-de chegar a altura que em vez de desilusões, terás dez ilusões... e das boas :)

bj

Trivela7 disse...

Não gosto de ilusões...é assim que tudo começa e depois acabam quase sempre em desilusões...

F3N1X disse...

As desilusões são uma parte integrante vital na vida do ser humano. Nem tudo é mau, permite-nos crescer e aprender com os erros do passado. De qualquer forma temos de agarrar as nossas ilusões e saborear os bons momentos, porque no final acima de tudo são esses mesmos momentos que ficam guardados no nosso intimo.

Lu disse...

Yup! Mas n podemos avaliar as ilusões sem no depois as reconfiguramos como desilusões. O k são ilusões? Se n arriscarmos, s n nos atrevemos a apreciá-las como possiveis desilusões ou, melhor, a salvação desejada?
Não podemos dizer ok será s n temos coragem para desejar k o bom é para nós mas k este tb pode ser afinal o indesejado.
Kem arrisca não petisca! :p

Trivela7 disse...

Quem não arrisca, não petisca...acho que era isso que querias dizer, Lisa!
Eu reformulo: eu (in)felizmente gosto bastante de ilusões!