Usei demasiado a razão, segui demasiado os ditames da minha mente e ignorei todos os clichés, todos os caminhos mais óbvios a seguir. E, por momentos, quase não me reconheci; transformei-me numa pessoa volátil e desesperada por um pouco de luz para florescer, tornei-me dependente dos fatores do meio onde me inseria. E, então, deixei que partisses.
Deixei-te ir demasiado cedo, permiti que te afastasses e partisses buscando novos horizontes. Deixei-te ir antes de finalizar o meu projeto, antes de atingir os meus objetivos.
E agora arrependo-me. Arrependo-me de não ter sido mais forte, de não ter tido a certeza de que precisava para finalmente avançar e te obrigar a ouvir-me. Arrependo-me de não ter sabido olhar mais além, pensar a longo prazo; de não ter planeado melhor os passos que dei, de não te ter conseguido manter aqui, perto.
Agora, vejo-te à distância e sinto-me perdida.
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