Acercam-se do vazio mais íntimo
a três passos do derradeiro final
as minhas causas e razões condicionais.
Pressenti-as chegar de mansinho,
lentamente,
com um querer emprestado
com um querer emprestado
à vida que não controla e desmanda.
Saias rodadas, lapelas preenchidas:
imagens temidas no julgamento final.
As causas afastam-se da razão
o controlo é mínimo e apertado;
suficiente.
suficiente.
Invade-me a calma aparente,
peço
peço
a quem já deixou de me escutar.
Já nada mais se pode acercar da ilusão
desvaneceu-se da realidade sonhada.
Não há saídas isentas de culpas
desprendidas de ultimatos,
desprendidas de ultimatos,
palavras refreadas de bem-querer e solidão.
Restam duas impacientes lágrimas
sem hora marcada para partir.
Lágrimas presas no interior de onde me encontro:
a noroeste de ti
a sudeste de mim.
a sudeste de mim.
(Numa fase em que nada sei, em que não encontro respostas para nada porque não sei que perguntas fazer..."perto de perder o controlo"!)
1 comentário:
Todos os dias perdemos o controlo de nós...ora seja por uma palvra que escapou ou por algo que não fizemos. Não somos autómatos e mesmo se fossemos quem sabe, se ao nos aproximarmos de uma tecno-sensibilidade, nos descontrolariamos um pouco todas as 24h?
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