Pesadelos e sonhos ideais

É uma questão de prioridades...estejam elas trocadas, ou não.

É em certos momentos que nos apercebemos de muitas coisas de que anteriormente duvidavamos. Ultimamente tem-me sido ainda mais difícil do que o costume explicar certas coisas, seja por falta de mera inspiração ou de distanciamento. Escrever é para mim uma catarse, um modo de me libertar das amarras que representam os meus pensamentos. Mas escrever não tem tido um propósito, nos últimos tempos.

Sonhei. E dei a maior prova de amizade simbólica que alguma vez poderei dar. É apenas triste acordar para a realidade e saber que o simbolismo de nada vale, as palavras importam menos do que os gestos, do que as pessoas certas. E eu não sou a pessoa certa para nada disso.

Até no altruísmo há egoísmo, o meu sonho ensinou-me isso. Mas mesmo assim, o meu ego aumentou porque percebi que o sonho e a realidade se encontram em alguns pontos.

É nos piores momentos que nos apercebemos do que realmente é importante para nós, e do que faríamos se tal fosse realmente necessário e frutífero. Sejamos sinceros, todos sentimos a necessidade de demonstrar isso aos outros, às vezes por razões mais egoístas do que altruístas. Mas não no meu sonho ideal, o sonho que se seguiu ao pesadelo mas que não foi, contudo, solução para ele. Não sou a pessoa certa presente na altura certa. Sou antes a pessoa errada presente na altura certa, altura que desejava que fosse errada.

"E cada vez que eu fujo, me aproximo mais (...) e é por isso que atravesso o teu futuro e faço das lembranças um lugar seguro."