segunda-feira, 31 de março de 2008

Geometria variável

A Feira do Livro de Braga começou este sábado e eu já marquei presença no Parque de Exposições. Assisti à entrega do prémio dst ao poeta Nuno Júdice, cuja obra desconhecia mas que vou procurar conhecer para além da Geometria Variável, obra vencedora do prémio, que nos foi oferecida e que no caso do meu exemplar, já se encontra devidamente autografado pelo autor. Claro que depois houve lugar ao já habitual percurso por todas as bancas, com paragem mais demorada na Europa América, na Presença e nos alfarrabistas, onde vou voltar para finalmente conseguir um tão esperado exemplar do Guerra & Paz de Leon Tolstoi. Mas a compra mais importante que fiz foi o novo livro do Nicholas Sparks, Uma escolha por Amor, cujas páginas já avidamente percorri domingo com a obrigatória caixa de lenços de papel ao lado, como qualquer leitor atento de Nicholas Sparks que se preze.
Vou voltar lá e voltar de lá já com o tão desejado Guerra & Paz, espero eu!!
Aqui fica o link para o programa da edição de 2008 da Feira do Livro de Braga.
Fica também um poema fascinante, belo ritmado e sincero da Geometria Variável de Nuno Júdice:

UM ANTIGO AMOR
Era esse o tempo em que nenhum rosto se parecia
com o teu, a mais bela mulher do mundo,
quando
era o amor que definia o cânone da beleza, e
só tu entravas nesse patamar em que a respiração
fica suspensa, os olhos não se desprendem de
outros olhos, e mesmo que tenhas partido são eles
ainda que guardo em mim, como se o olhar que nos
prendia um ao outro tivesse apagado o mundo
do meu horizonte, em que só tu cabias, mesmo que
não to tivesse dito, e só não sabia era se tu sentias
o mesmo que eu sentia por ti, que de tal forma
me oprimia que nem queria saber o que tu, na verdade,
sentias, porque a verdade eram os teus olhos
e os lábios que, ao abrirem-se, abriam o sorriso
que me abria a vida onde só tu cabias, até ao dia
em que desapareceste, para que eu não mais

te visse, até esse dia em que passaste por mim, e
só os olhos eram os mesmos, fazendo com que
anos, cidades, dias e noites, insónias e dores,
se tivessem apagado entre mim e ti, nesse breve
instante em que revi os teus olhos, e não mais te vi.

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