quarta-feira, 11 de julho de 2012

Desastre de encontros



Fiquei mais uma vez à tua espera no lugar de sempre. Mas ainda não chegaste. Sabes onde te espero, sempre que te preciso, sabes como lá chegar a todas as horas, conheces todos os atalhos, todos os cortes…não porque alguma vez tenhas aparecido para me consolar, conhece-los porque mos ouves recitar todas as noites na minha mente. Funcionam como uma prece na esperança de que um dia realmente me ouças e me precises como eu a ti.

Mas a realidade invade sempre os pensamentos, mesmo os mais altruístas e tu não apareces. Talvez não acredites que só tu realmente sabes onde te espero, não dei as direções a mais ninguém, tenho estado sempre sozinha aqui, à tua espera. Não deixei nada ao acaso: dei-te as instruções detalhadas, as coordenadas exatas de onde me encontro ainda agora esperando-te, não te deixei chave ou código algum; não preciso ter a certeza que és tu, já que não existe mais ninguém.
Ainda te espero, ainda não desisti de ver-te chegar. Não te trairei, não te trocarei mesmo que demores muito mais a chegar, só tu me poderás salvar.

Mas por que ainda não vieste ao meu encontro? Por que não seguiste os rastos que te deixei, por que não segues a trilha que todas as noites te traço na minha mente?

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